Tentando pensar e viver como um Reformado: Reflexões de um estrangeiro residente – Parte 53
8. A Reforma e a Educação (Continuação)
A. O Significado da Educação
3) O Homem como ser Educável[1]
É evidente que todo o homem nasce apto para adquirir conhecimento das coisas: primeiro, porque é imagem de Deus. Com efeito, a imagem, se é perfeita, apresenta necessariamente os traços de seu arquétipo, ou então não será uma imagem. – J. A. Comênio.[2]
“O homem é a única criatura que tem de ser educada” – Immanuel Kant (1724-1804).[3]
O desejo de conhecer é um atributo do ser humano. Nesse sentido, Aristóteles (384-322 a.C.) declarou: “Todos os homens têm, por natureza, desejo de conhecer”.[4]
Calvino cria que a possibilidade de aprendizado é comum a todos os homens, já que cada um de nós nasceu com alguma habilidade concedida graciosamente por Deus:
Seguem-se as artes, sejam as liberais, sejam as manuais, aprendendo as quais, visto que certa aptidão nos é inata a todos, também nelas se evidencia o poder da agudeza humana. Mas, ainda que nem todos sejam aptos para aprender todas elas, todavia é marca bastante segura da energia comum o fato de que não se acha quase ninguém em quem não se evidencie proficiência em alguma arte. Nem se encontra à mão somente a energia e capacidade para aprender, mas também para inventar algo novo em cada arte, ou para aperfeiçoar e burilar o que hajas aprendido de outrem que veio antes de ti. (…) Este bem é tão universal que cada um deve reconhecer nele a peculiar graça de Deus a seu favor.[5]
Comênio (1592-1670), talvez influenciado pelo pensamento de Calvino, acrescentaria como expressão de fé: “nada existe no mundo que o homem, dotado de sentidos e de razão, não consiga aprender”.[6] A constatação de Aristóteles, é observável desde a infância, quando a criança faz perguntas intermináveis sobre questões para as quais, nós, adultos, há muito iniciados no mundo do saber, nem sempre temos respostas satisfatórias.
O homem carrega consigo o desejo de conhecer; e este desejo o acompanha por toda a sua existência, visto que a onisciência lhe escapa. É justamente por meio do conhecimento que descobrimos os nossos limites. Conhecer significa interpretar os fatos, apontando trilhas, descobrindo sinais que precisam ser decodificados, a fim de que, paradoxalmente, emitamos outros sinais, que outros aprendizes do saber interpretarão, deixando também a sua rota, que, como a nossa, não será necessariamente boa para outro aprendiz do saber.
Por isso, é que podemos afirmar que a vida é uma interpretação existencial, viva, do que vemos e sentimos. Sou aquilo que sinto. Sinto conforme sou. O sentir está para o ser como o ser para o sentir. Aqui, obviamente não estamos sacralizando o sentir como se fosse um território intocável, nem desconsideramos o pecado comum a todos os seres humanos.
O fato é que em grande parte, o nosso comportamento e a nossa vida se constituem em resposta (não simplesmente “reação”) ao que vemos, à nossa leitura vivida do mundo. O modo como enxergamos o mundo, a nossa cosmovisão, se reflete em nosso modo de viver e de ser. Negar na prática uma cosmovisão professada, não significa não ter cosmovisão, antes, sustentar outra que de modo velado fundamente a cosmovisão pública que professo. Contudo, aquela é que faz parte do meu cânon interior, da infraestrutura de meu ser. Esta em geral não publico. Pelo menos, não conscientemente.
O sentido de educar
As palavras “Educação” e “Educar” provêm do latim “Educare”, palavra aparentada com ducere, “conduzir”, “levar”, e educere, “tirar de”, “retirar”, “criar”. Educare tem o sentido de “criar”, “alimentar”, “ter cuidado com”, “instruir”,[7] “desabrochar”
Parece-me que o termo latino é uma tradução do grego, paideu/w, “instruir”, “educar”, “formar”, “ensinar”, “formar a inteligência, o coração e o espírito de”.[8]
A nossa palavra “pedagogo” é transliterada do grego, paidagwgo/j e, “pedagogia”, igualmente, de paidagwgi/a.[9]
Na Grécia antiga, o pedagogo, (literalmente: “encarregado de meninos”, “curador”, “tutor”) era o preceptor de criança. O escravo responsável por conduzir as crianças à escola.[10] A ideia da palavra é de “estar junto com a criança”.[11]
Posteriormente a palavra também passou a se referir à educação de adultos e ao treinamento em geral.[12] Estes termos gregos tinham uma conotação moral.[13] A paidei/a que na Grécia era um assunto de Estado,[14] referia-se tanto ao modo como à meta da educação.[15] A educação estava associada à segurança do Estado e à socialização do indivíduo.[16]
O homem é um ser educável. Ninguém consegue escapar à educação. Ela está em toda parte, sendo intencional ou não, somos bombardeados com informações e valores que contribuem para nos dar uma nova cosmovisão e delinear o nosso comportamento,[17] conforme a assunção consciente ou inconsciente de valores e paradigmas que reforçam ou substituem os anteriormente aprendidos, manifestando-se em nossas atitudes e nova perspectiva da realidade que nos circunda.
Jaeger (1888-1961) observa que
Todo povo que atinge um certo grau de desenvolvimento sente-se naturalmente inclinado à prática da educação. Ela é o princípio por meio do qual a comunidade humana conserva e transmite a sua peculiaridade física e espiritual (…). A educação é uma função tão natural e universal da comunidade humana que, pela sua própria evidência, leva muito tempo a atingir a plena consciência daqueles que a recebem e praticam, sendo, por isso, relativamente tardio o seu primeiro vestígio na tradição literária.[18]
Definição de educação
Assim, podemos definir operacionalmente a educação, como sendo um processo de transmissão de valores, decodificação, interiorização e transformação. A educação envolve o processo de “alimentar” (educare) e de “tirar” (educere). Portanto, o “aprendiz” é sempre ativo no processo educativo, ainda que muitos sistemas tentem fazê-lo passivo.
Na realidade, a atividade consciente pode e deve ser estimulada, no entanto, ainda que não seja adequadamente, o educando é sempre, de certa forma o seu educador, aquele que de modo eficiente ou não, faz a sua própria síntese, construindo o seu mundo simbólico valorativo, repleto de significados para si.
Objetivo da educação
A educação reflete valores de determinada sociedade.[19] A educação visa preparar o indivíduo para viver criativamente em sociedade que, por sua vez, tem o seu modelo de homem ideal. Portanto, por trás de toda filosofia educacional existe uma “imagem-ideal”[20] com todos os seus valores culturais, sociais, éticos e religiosos, para a qual a educação aponta de modo formal e informal.
Dessa forma, seguindo Durkheim (1858-1917) podemos dizer que “a educação consiste numa socialização metódica da nova geração”.[21]
Desse modo, ainda seguindo Durkheim, podemos dizer que:
A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as que ainda se não encontram amadurecidas para a vida social. Ela tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança um certo número de condições físicas, intelectuais e morais que dela reclamam, seja a sociedade política, no seu conjunto, seja o meio especial a que ela se destina particularmente.[22]
Contudo, cabe aqui uma observação: nesse processo educativo, intencional ou não, nada é literalmente repetido, visto que nada que é humano pode ser exaustivamente calculado. E é por isso que o homem herda, transforma e constrói a sua cultura. A cultura, por sua vez, delimita alguns aspectos de sua percepção, contudo não o limita de forma absoluta. Ele como ser metafísico que é, se constitui num profeta de Deus que fala em relação à realidade, realçando valores que ultrapassam, por exemplo, os limites de uma visão puramente materialista.[23]
A cultura mesmo sendo algo exterior, é, na realidade, o resultado conjunto da exteriorização do indivíduo, repleta de valores[24] que refletem aspectos da essência do homem e, obviamente, de sua percepção da realidade. Assim, a cultura espelha os valores e a fé de um povo.[25]
“A cultura acha-se profundamente radicada no que há de mais íntimo no ser humano e tem por isso a mais alta significação para a compreensão desse ser, sua formação e desenvolvimento”, analisa Hessen (1889-1971).[26] E, como vimos, a sociedade é um produto do homem! Educado… mas homem!… Ele constrói o mundo, projetando na realidade os seus próprios significados.[27]
Educação: Revisão e criação
Retomando a definição operacional supra, podemos observar que há ali alguns elementos que devem ser destacados:
a) Processo: Educação não é algo acabado, hermético. A educação ocorre dentro de um processo dinâmico que jamais termina.
b) Transmissão de Valores: Educar não é apenas transmitir um conteúdo programático (por mais atualizado e edificante que ele seja), mas também, experiências significativas, valores, interpretações. Creio ser importante ressaltar o fato que essa troca é ambivalente e interagente: professor-aluno; aluno-professor e aluno-aluno. A formação de um homem é feita pelo homem, não simplesmente, por um programa. Mais do que grandes ideias, precisamos de homens dignos que ensinem os seus conteúdos com compromisso real de vida.
c) Interiorização: É a assimilação e acomodação de valores transmitidos e decodificados. Esses valores passam a fazer parte do nosso patrimônio cultural e moral.
d) Transformação: A verdade aprendida deve ser praticada em nossa vida. A vida, como temos insistido, é em grande parte uma interpretação existencial do mundo.
Barbosa (1840-1923), de outro modo, resumiu bem o sentido da educação: “Instruir é ensinar a observar, descobrir, refletir e produzir”.[28]
Dessa maneira, a Educação tem uma função tradicionalista que consiste na transmissão de conhecimentos acumulados ao longo dos séculos, e, também, deve ter uma função, digamos, revisionista-progressista, por meio da qual revisitamos o passado com novos questionamentos, repensando e reavaliando suas conclusões, estimulando novas investigações e pesquisas que se concretizarão em novas ideias e tecnologias. Ambas as funções se completam num todo harmonioso.[29]
Ainda que de passagem, devemos dedicar algumas linhas à questão da cultura e do “Currículo” dentro do ensino formal.
A educação tem uma função tradicionalista, que consiste na transmissão de conhecimentos acumulados ao longo dos séculos, e uma função progressista, que revisita o passado com novos questionamentos, estimulando novas investigações e ideias. Ambas as funções se complementam e contribuem para a formação de uma sociedade mais consciente e criativa.
O homem, como ser educável, está sempre em processo de aprendizagem, sendo influenciado e influenciando a cultura ao seu redor. A educação é, portanto, um elo fundamental na construção e perpetuação da cultura e dos valores humanos.
Resumindo: A educação, como um processo contínuo e dinâmico, é fundamental não apenas para a transmissão de conhecimento, mas também para a formação do caráter e para a perpetuação dos valores de uma sociedade. Por meio da educação, revisitamos o passado com novos questionamentos, impulsionando investigações e pesquisas que resultam em novas ideias, valores e tecnologias. Portanto, é por meio dessa interação entre tradição e inovação que formamos uma sociedade mais consciente e criativa, preparando cidadãos para os desafios do presente e do futuro.
Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa
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[1] Esta expressão é clássica. Há uns 30 anos quando a usei pela primeira vez não tinha esse conhecimento. João Amós Coménio, escreveu: “Por isso, e não sem razão, alguém definiu o homem como um ‘animal educável’, pois não pode tornar-se homem a não ser que se eduque” (J.A. Coménio, Didáctica Magna, 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, [1985], VI, p. 119).
[2]J.A. Coménio, Didáctica Magna, V, p. 102-103.
[3] Immanuel Kant, Sobre a Pedagogia, Lisboa: Edições 70, 2018, p. 9.
[4]Aristóteles, Metafísica, São Paulo: Abril Cultural, (Os Pensadores, v. 4), 1973, I.1. p. 211.
[5] João Calvino, As Institutas, (2006), II.2.14.
[6]J.A. Coménio, Didáctica Magna, 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, [1985], V, p. 105.
[7]Vejam-se: Francisco da S. Bueno, Grande Dicionário Etimológico-Prosódico da Língua Portuguesa, São Paulo: Saraiva, 1965, v. 3, p. 1061; Caldas Aulete, Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa, 5. ed. Rio de Janeiro: Delta, 1970, v. 2, p. 1170; Antonio de Morais Silva, Grande Dicionário da Língua Portuguesa, 10. ed. Lisboa: Confluência, (1952), v. 4, p. 205; José Pedro Machado, Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, Lisboa: Confluência, 1952- (data inicial da publicação em fascículo), v. 1, p. 808; J. Corominas, Diccionário Crítico Etimológico de la Lengua Castellana, Madrid: Editorial Gredos, (1954), v. 2, p. 217; Educação: In: A. Houaiss, ed. Enciclopédia Mirador Internacional, São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil, 1987, v. 7, p. 3609; Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, Novo Dicionário da Língua Portuguesa,2. ed. rev. aum. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986, p. 1708.
[8] Laudelino Freire, Grande e Novíssimo Dicionário da Língua Portuguesa, Rio de Janeiro: A Noite – Editora, (1941-1942), v. 3, p. 2029.
[9]Pedagogia pode ser definida como “a ciência normativa da educação” (Pedagogia: In: André Lalande, Vocabulário Técnico e Crítico da Filosofia, São Paulo: Martins Fontes, 1993, p. 800a).
[10]Cf. Isidro Pereira, Dicionário Grego-Português e Português-Grego, 7. ed. Braga: Apostolado da Imprensa, 1990, p. 421.
[11]Veja-se: Furst, Ensinar: In: Colin Brown, ed. ger. Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1982, v. 2, p. 58.
[12] Cf. D. Furst, Ensinar: In: Colin Brown, ed. ger. Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, v. 2, p. 58.
[13] Veja-se: Platão, A República, 7. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, (1993), Livro VI. 491e. p. 280-281. Sócrates (469-399) negava-se a ser reconhecido como “mestre” já que para ele a virtude não poderia ser ensinada. (Veja-se: Platão, Defesa de Sócrates, São Paulo: Abril Cultural (Os Pensadores, v. 2), 1972, 33a-b. p. 24).
[14]Aristóteles (384-322 a.C.), por exemplo, escreveu: “Ninguém contestará, pois, que a educação dos jovens deve ser um dos principais objetivos de cuidado por parte do legislador; porque todos os Estados que a desprezaram prejudicaram-se grandemente por isso” (Aristóteles, A Política, Rio de Janeiro: Editora Tecnoprint, [s.d.], V.1.1. p. 140). Veja-se: G. Bertram, Paideu/w: In: Gerhard Kittel; G. Friedrich, eds. Theological Dictionary of the New Testament, 8. ed. (reprinted) Grand Rapids, Michigan: WM. B. Eerdmans Publishing Co., 1982, v. 5, p. 600.
[15] Veja-se: G. Bertram, Paideu/w: In: Gerhard Kittel; G. Friedrich, eds. Theological Dictionary of the New Testament, v. 5, p. 596-625.
[16] Cf. G. Bertram, Paideu/w: In: Gerhard Kittel; G. Friedrich, eds. Theological Dictionary of the New Testament, v. 5, p. 600-602.
[17]Veja-se: Carlos R. Brandão, O Que é Educação, 6. ed. São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 7ss.
[18]Werner Jaeger, Paidéia: A Formação do Homem Grego, 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989, p. 3,17.
[19] Frederick Mayer, História do Pensamento Educacional, Rio de Janeiro: Zahar, 1976, p. 44.
[20] Cf. Thomas Ransom Giles, Filosofia da Educação, São Paulo: EPU., 1983, p. 59.
[21] E. Durkheim, Sociologia, Educação e Moral, Porto: Rés-Editora, (1984), p. 17.
[22]E. Durkheim, Sociologia, Educação e Moral, p. 17. (Esta definição encontra-se também em E. Durkheim, Educação e Sociologia, 5. ed. São Paulo: Melhoramentos, [s.d.], p. 32). Confirmando essa conceituação como sendo uma perspectiva comum entre os educadores, escreveu Karl Mannheim (1896-1947): “A educação teve sempre como objeto a formação do homem. Sempre quis modelar a geração mais nova, de acordo com alguns ideais conscientes e inconscientes, e sempre procurou controlar cada fator da personalidade e de formação” (Karl Mannheim, Sociologia do Conhecimento, Porto: Rés-Editora, [s.d.], v. 2, p. 55-56).
[23]Veja-se: Henry H. Van Til, O Conceito Calvinista de Cultura, São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p. 39.
[24]Veja-se: Henry H. Van Til, O Conceito Calvinista de Cultura, p. 36.
[25] “A cultura é o resultado da atividade criativa do homem dentro das estruturas dadas por Deus. Portanto, nunca pode ser algo separado de nossa fé” (H.R. Rookmaaker, Arte Moderno y la Muerte de una Cultura, Barcelona: CLIE; Publicaciones Andamio, 2002, p. 53).
[26]Johannes Hessen, Filosofia dos Valores, 5. ed. Coimbra: Armênio Amado, Editor, Sucessor, 1980, p. 246. “A cultura organiza-se segundo as relações intrínsecas sobre o conhecimento do mundo, a vida e as experiências do espírito e as ordens práticas em que se realizam os ideais da nossa conduta. Nisto se expressa o complexo estrutural psíquico, o qual precisamente determina também a concepção filosófica do mundo” (Wilhelm Dilthey, A Essência da Filosofia. 3. ed. Lisboa: Editorial Presença, (1984), p. 138).
[27] “As origens de um universo simbólico têm raízes na constituição do homem. Se o homem em sociedade é um construtor do mundo, isto se deve a ser constitucionalmente aberto para o mundo, o que já implica um conflito entre ordem e caos (…). O homem, ao se exteriorizar, constrói o mundo no qual se exterioriza a si mesmo. No processo de exteriorização projeta na realidade seus próprios significados” (Peter L. Berger; Thomas Luckmann, A Construção Social da Realidade, p. 141-142).
[28] Rui Barbosa, Ensinos Secundários: In: Campanhas Jornalísticas (1/4/1889), Rio de Janeiro: Livraria Castilho, 1921, p. 295.
[29] Ver: Gene Edward Veith, Jr., De Todo o Teu Entendimento, São Paulo: Cultura Cristã, 2006, p. 59-67.
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